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Sonho delirante

Praguejando o meu pensar
Em dias que o vento não chega nas minhas janelas
Quando pianos tocam e eu apenas escuto ao longe
Uma apresentação, meu último sopro, o único lírio que sopro

Voe, voe pelos céus
Leve tudo o que eu tinha para dar
Meu amor, vá para onde o vento a levar
Porque sempre existirá, um homem solitário abraçando a lua

Meu pulso transborda, meu coração lampeja 
Talvez eu não tenha sentido o amor
Porque a luz dentro de mim está com dificuldades de acender 
Então, tenha paciência, com alguém tão antigo quanto eu

Dizem, que qualquer um pode achar o amor
Dizem, qualquer um menos eu
Então, o que há de minhas mãos?
Elas não vão sentir algum dia o amor em meus braços?

Lágrimas agudas, céu nefasto 
Batidas silenciosas, agulhas dolorosas
Rosas, venham para minha casa
Esse jardim é seu, já que nenhuma única semente nasceu 

Meu último sopro, em um único lírio
Fecho meus olhos, talvez amanhã, as rosas nasçam em meu jardim...em um sonho delirante...