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Gilmar Ramos

\'Do Desejo Sombrio ao Renascimento\'

No crepúsculo da alma, onde a escuridão se fez guia,
Um jovem rebelde, sem causa, tristonho na agonia.
Pelos caminhos sombrios, na meia-noite a vagar,
Um ser desgarrado, buscando uma saída, a morte a almejar.

Andava entre sombras, por vielas e becos a espreitar,
Ao encontro da Mãe D\'água, onde perigos a se armar.
Um espírito indomado, em rebeldia a se ocultar,
A morte buscava, mas ela a se desviar.

Na madrugada fria, o jovem errante,
Em redutos perigosos, onde o perigo era constante.
O desejo de encontrar causa, sombra que o acompanhava,
Mas o destino, sutilmente, uma nova rota traçava.

Na Mata da Praia, entre sombras, o jovem caminhava,
Caminhos incertos, onde a inquietude se alastrava.
A morte buscava, mas ela, esquiva, se afastava,
Como o véu que encobre, sua presença ocultava.

No limiar da rebeldia, uma chama emergia,
Uma busca incessante, uma nova poesia.
A morte, um desejo sombrio, desvanecia,
Os assassinos cegos, não o percebia.

A causa encontrou, como uma estrela luminosa,
A rebeldia se transformou, em uma jornada grandiosa.
No poema da vida, o jovem transformado,
De desejo de morte a propósito, de sombras a luz no seu fado.

Agora, segue em frente, o conto reescrito,
A história de descoberta, o renascimento infinito.
Na teia do destino, onde a rebeldia se esboçava,
Hoje, vive tranquilo, como a própria vida sonhava.