Edd Wilson

LUXURIOSA BORBOLETA

Dissipa tuas mãos enferrujadas

Para que teus olhos crus

Possam chorar de madrugada.

 

Diga quantas vezes beijastes a sombra

Do teus escombros

Ao fitar o girassol de Afrodite?

 

Leva contigo as areias dos sonhos

Farol cuja lua

Ilumina-te misterioso zênite.

 

Quero tua febre violeta

Por seres tão bárbara,

Tão frágil luxuriosa borboleta.

 

Edd Wilson