No crepúsculo da memória, onde as sombras se entrelaçam, Um suspiro ecoa, como um lamento que trespassa. Entre os resquícios do que já foi e a névoa do agora, Um cenário sombrio se desenha, sem aurora.
Rostos pálidos emergem das dobras do tempo, Sussurros antigos ecoam num silêncio lento. Caminhos obscurecidos pelas pegadas da saudade, No reino da nostalgia, a escuridão encontra afinidade.
Vultos do passado se movem na penumbra, Enquanto o presente se veste com a sombra. Lembranças enevoadas como folhas outonais, Onde o ontem se mistura aos tons noturnos atuais.
O frio que paira, não só do vento, mas da memória, Onde cada lembrança carrega uma sombria história. Na dança das lembranças, uma melodia obscura, Saudosismo e nostalgia entrelaçam-se, sem ternura.
No espelho do tempo, reflexos distorcidos se revelam, Como sombras dançantes que o passado modela. Assim, na atmosfera sombria desse encontro oculto, O presente e o passado se abraçam, em silêncio tumulto.