Há muito procuro o tempo, mas jamais vi o tempo.
O tempo, marcado pelo homem, está nos relógios, ampulheta, calendários, mas nunca vejo o tempo.
O tempo, invisível, me observa constantemente desde o momento em que despido, sem bagagem, desembarquei na estação da vida.
O tempo nunca sobra, pois insuficiente, é sempre reclamado por quem deseja mais tempo para ter tempo de sobra.
Mas tempo... cadê o tempo que nunca vi? Tempo sorrateiro que escapa em segundos e vai embora...
Tempo... Afinal, o que há de mais importante na vida, é o tempo. Mas cadê o tempo?
O tempo é como o vento. Sentimos mas não vemos. Ambos nos fazem chegar de onde não sabemos. Depois nos arrastam compulsoriamente para o infinito desconhecido sem jamais ser visto.