MELODIA DA VIDA
(Um Poema sobre a dualidade da Existência)
Rompe-se o dia,
dançam risos, alegrias,
transcorre o tempo
na calmaria dos momentos.
Uma folga para sesta,
mas depois?
De nada mais resta,
será o fim da festa?
Sala vazia e solidão,
uma desventura,
caras pálidas,
cansaço e penúrias.
Ao declínio do dia,
junto ao sol poente,
lá se foi a felicidade
dos descontentes.
Olhos aflitos, a lacrimejar,
talvez o querer
não fosse assim chorar.
Mas lá bem fundo,
um sentimento profundo,
traz à tona o penar.
A vida traz e leva,
dá e cobra,
tudo tem seu preço,
o apreço, o desdenho.
O querer, o poder, o ter, o ser,
cabe a cada um
ponderar seus dias
e aprender a viver.
C.Araujo