A vida, sem nome,
num dia esplêndido,
me desenhou com
paleta seca.
Em instantes,
fui rei sem reino,
fui sonho eterno,
e sombra de tumbas
sem rainhas!
E virei sombra neste mundo,
depois que ela partiu,
foi embora pra outro mundo,
e me deixou apenas um par de sono
e uma pérgula seca pra cuidar!
Assim, passo os dias,
com terrível premência de que,
o que era deixou de ser,
o que foi ainda vai nascer.
E falando a verdade,
entre tantas austeridades,
sei que hoje sou apenas
uma sombra no mundo.
Fui:
uma vela para acender,
um véu para esconder
e um velório inteiro,
para brindar minha
nova vida.
Era: o brando
e o puro encanto.
Em instantes,
fui rei sem reino,
fui sonho eterno,
e sombra de tumbas
sem rainhas!
E virei sombra neste mundo,
depois que ela partiu,
foi embora pra outro mundo,
e me deixou apenas um par de sono
e uma pérgula seca pra cuidar!
Assim, passo os dias,
com terrível premência de que,
o que era deixou de ser,
o que foi ainda vai nascer.