JUSTIÇA ACLAMADA
Na noite escura Que se fazia
O zumbido do vento assustava
A forte chuva tudo enchacarva
Em meio o breu, Um andante solitário
Caminhava no meio do nada…
Suas pegadas marcava
O caminho
Mesmo ele sem rumo seguindo
Lá longe no sopé da encosta
Uma luz displicente
Insistia em piscar...
Tempos sombrios
Naquela distante terra
Fome, guerra e mazelas...
Seria aquele viajante
A clemência clamada ?
Ou apenas mas um carrasco
Uma vida desalmada?
A passos mais largo
Logo a luz se aproximava
De dentro da pequena choupana
Murmúrio de voz exclamaram:
És tu o enviado ?
Vieste a mando de quem?
Mas o estranho sem fazer de rogado
Sou vossa sorte anunciada
Sou senhor desta jornada
Vim a mando dos que um dia
Guardavam esse reino
Mas foram sem culpas lançadas fora...
Vim por direito assumir o que é meu
Sou filho legítimo do seio destra
Desolada terra
Ainda hoje despojarei do que ainda sobraste
Farei de seus filhos impolutos meus súditos
E novamente trarei a justiça
Ai daqueles que contra minha espada se levantar
Malditos serão todos os da casa real
Do mais novo ao mais velho, decapitarei
Até que se acalme a minha ira...
Longa jornada a mim foi imposta
E pelos caminhos de tudo encontrei
Mas aqui agora todo destino selei
Saiam agora e a todos anunciam
Que vier comigo minha espada protegerá
Mas quanto aos desertores, nada posso fazer se não cumprir minha missão...
E assim aquela tempestuosa noite sombria
Foi o início daquela anunciada carnificina
E Ao romper do dia, tudo que foi dito se fez
E assim voltou a justiça
Naquele reino outra vez....
C.Araujo