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Antonio Luiz

O meu corcel bailarino

vi um belo corcel branco cruzando os céus

de collant, tutu e ferradura de meia ponta

crinas copiosas, encaracoladas no pescoço

trançadas, em incontáveis rabos de cavalo

 

sedutor, trespassando o ventre de nuvens

entrando ali e saindo acolá, silente no azul

onde deixava desenhados clássicos passos

como se embalasse Tchaikovsky seu ballet

 

singular, desenvolto, despreocupado e feliz

equestre astro excelso das artes celestiais

insofismável pra mim, espectador exclusivo

no gozo do privilégio das minhas desrazões

 

-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 23/01/24 --