Quando não sei o que escrever,
Escrevo o que sei.
Resgato as minhas paranóias difíceis de entender,
Tento embeleza-las, coloco-as em versos e,
De seguida exclamo: – Poetizei!
São versos e palavras justapostas
Para criar harmonia do faz de contas,
As vezes nem merecem ter sentido
Bastou ler como se estivesse a procura de um tesouro escondido.
Sinto-me viciado
Nessa lengalenga de escrever
Talvez seja a única coisa que sei fazer
Escrever… e escrever…, como se fosse um condenado
Na verdade,
Os versos não existem sem sentimentos,
Estes, guardo nos meus pensamentos…
Quando amo, escrevo doçura e,
Quando sofro, escrever amargura.
É incrível como dois seres podem coexistir num único ser:
_Romântico-Sofredor
Dizia eu ser um condenado escritor
Bem! Talvez seja um encontro comigo mesmo
Nesse mundo de amor e dor.
Talvez seja um agudizar de medos que,
Não podem ser ditos mas sim, escritos.
Nesse meu mundo …
Sinto o amparo da minha caneta
Que, escuta os meus desassossegos e,
Executa fielmente o comando dos meus pensamentos.
E, não importa se é “cali-” ou “caco-”,
O que é importa é ser “-grafia” repleta de sentimentos.
As minhas palavras são curtas e por vezes gagas,
quando falo.
Mas, quando escrevo, tornam-se plurissignificativas e,
Muitas vezes alongadas .
Envolvi-me nesse vício de escrever
Minha vida agora é um entorpecimento de palavras
Que só podem ser entendidas, quando são escritas…
“Escrever é a cura da solidão, quem escreve nunca se sente só…”