Gilmar Ramos

VENTO

Vento, vento,

Quem te impulsiona?

Quem direciona o teu soprar?

Quem é que te sente e que gosta? Quem assobia para te chamar?

Quem é que, às vezes nervosa, te pede para parar?

Vento, vento,

Te peço agora, sopre lá fora o meu cantar,

Leve o meu grito de amor e o transforme em sussurrar,

Soprando para ela baixinho o que tenho para falar.

E, numa brisa leve, me trazer a chuva,

Depois, trazer você para me agradar.

Vejo um tornado de paixão nublar o tempo,

Um temporal de emoção é o teu coração.