... e vem a primavera!
Depois de um inverno com seu hálito inconfundível,
chegam as flores e essas perturbações insistentes,
esses sentimentos no cantar dos pássaros.
Vem meus desejos de te ver,
essa insana vontade de enovelar-me,
deixar-me estar em teus braços,
essa inebriante gana de possuir teus lábios!
Sombras se desfazem, atenuam, se afastam, me inquietam.
É assim que essa estação e teu olhar me comprazem.
Deixo-me estar para esse amor florescente, nessa lassidão!
Agora o resplandecer das primeiras flores entre botões.
Antevejo novos cantos, novos pulsares, tanta magia.
Aí vem a primavera embriagando-me de lascivos amores...