Jose Kappel

Ocaso de Manuela

 

 

 

Manuela,

de corpo simples,

moldado de mulher,

cor morena de enfeite,

lábios avermelhados

pra beijar sem desfeite!

 

Manuela é o começo

do rio que corre

na minha vida,

cheio de apelos.

 

É o riacho ameno

onde dorme

meus anseios.

 

E se não for

por isso dizer,

é onde acalmo

meu corpo

nos anseios dela.

 

Manuela é corrida

da vida,

corrida contra o vento,

estrela mágica onde

violinos, logo mais,

acalentam seu

estar.

 

Ave e bento!

 

Amena é ela!

E calma Manuela!

O trem vai passar!

 

Agora, sei por mim,

que ela é cheia de doces,

sem mazelas.

 

Mulher de verdade

que me lembra até

estar em piedade!

 

Manuela é vista de todos,

é barroca no andar

uma viola de tocar

aos beijos, de amar!

 

Estagiária da vida,

vai Manuela por este

mundo afora

à procura de seu

castelo

todo enfeitado.

 

Pois é!

É dela.

Da Manuela!

 

Que sempre será meu ocaso!

 

Assim, igual ao povo que diz: lá vai o homem que perdeu o sol, a lua  e agora vive no pleno de sequelas !