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Maximiliano Skol

VENCIDO

Aqui estou, pareço vencido,
não culpo ninguém...
Nunca fui vencedor de mim mesmo...
Caminhos intrincados, invios trechos
Peripécias obscuras: vitórias minhas
De glórias sou despido e de fracassos me cobri
Uma incógnita transcendental em mim perdura
Um mal indefectivel d\'alma.
A vida – esse sentir-me pensante
Milagre único e deslumbrante
Mistério inconcebível, inverossímil,
Inesperado de repente acontecido.
Sem óbvio propósito, mas pendente numa ordem a cumprir
Abismo existencial a nada ecoar...
A incompreensível vez do questionar
E nunca obter resposta.
Gemido cósmico
Rutura ecológica dos seres
da \'cadeia trófica espiritual\' em que minha alma
permanece sempre a fugir de predadores...
Eterno enigma com solução inconcebível
Sou do livre arbítrio, ou sou do Criador dependente,.
Intervém o Criador não meu desígnio?
Reencarnação, ressurreição,
Céu, inferno, ou total inexistência
num vácuo quântico...
Sou eu, aqui, absorto sem ter certeza
De ter propriedade de mim mesmo...
Da sorte despojado em dados da  loteria da Esperança
Lotérica a mim implicada e de mim desdenhada
Pela promessa que a caixa de Pandora me negou...
Mistério de mim com o meu pensamento pelo qual existo,
Assim, sou pura ilusão igual tudo que me cerca
O Cosmos incógnito–o átomo profundo,
Deus– epônimo de um Ser (concebido) Ignoto...
O meu eu–abismo de mim mesmo
Solitário impotente e destroçado
À espera da vez do último suspiro
A lastimar que nada valeu a pena...

Tangará da Serra,14/01/2024

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