Na rua o frenesi não para
A loucura da rotina dos normais
Que te olham sem te ver
E pisam na sua dor
Com licença, preciso existir
Quando foi que virei um robô?
Passando por cima da dor alheia
Vivendo o roteiro do dia comum?
Me vejo sentado. Existindo?
Também existe a cadeira que estou
Me fundo com a massa que desprezo
Sou aquilo. Mas o que sou?