tenha-me um pecado de natureza noturna
e me pratica na contramão invisível do dia
ocultado nas dobras do teu subconsciente
ecoando em suspiros o meu proibido nome
não me erga como se vítima dum pesadelo
escapando pelada dalgum sonho carniceiro
tampouco, tal um fantasma que te persiga
um mal à espreita do teu sangue fadigado
nem herói nem vilão em qualquer dimensão
somente uma sombra, urdida em tua noite
afrouxando nó entre realidade e fantasias
bailando misteriosa entre certo e errados
enigmática, intrépida e marcante presença
indissipável, em teus despertares abruptos
sublime forma de alimentar teus mistérios
um prazer indelével no abissal do teu sono
-- esse poema foi publicado em meu blog pessoal (https://antoniobocadelama.blogspot.com/) em 18/01/24 --