PERDIDA
Ela se perde
e ninguém vê.
Ela se vai
Ela existe
Sem ninguém perceber.
E o tempo passa...
E ela passa...
Passa como quem
vai se perder.
Ela não seduz ninguém
Nem sequer faz pulsar uma veia
Não prende ninguém
pela emoção
Nenhuma luz
ou fagulha ateia
E passa despercebida
Como cantor sem canção.
Sem fazer algum coração bater
Nem serve
para nada na vida!
Não há quem
tire-lhe chapéu
Para um aceno
Pelo menos fugaz
Ou que dessa colmeia prove-lhe o mel
Que próprio mel
não a traz!