Levy

Maré de Areia

No meu mar ergo plenos segredos, 

Sou areia no árduo arreio.

Varrem mentes tentando ter sossego, 

Os filhos da mãe banquetam centeio. 

 

No meu país as flores não falam mas, 

Sou júri, juiz e capataz.

Voam longe procurando por paz, 

Meu presente é o abandono capaz. 

 

Subi no palco com o perfil medido, 

Sentei na mesa com meu falso amigo, 

Estou na rede vivo o que sigo, 

Mas porque sua boca tem um gosto ardido?