Noite bela de egrégios esplendores,
Plangendo lembranças em meu destino.
Pois numa noite assim, etéreo sino,
Que ecoaste teus últimos plangores.
Numa cadência sonora, divino,
Teus dobres ouço-lhes por onde fores...
Plangendo para mim os teus clamores,
Ó sino sagrado do meu destino!
De saudades minh\'alma atorçalaste,
Lembrando da torre em que vibraste,
Assim terrivelmente solitário...
Teu canto soturno por esses ares,
Em silêncio eu sinto badalares,
No meu peito deserto campanário.
Thiago Rodrigues