Anseio o asfalto...
A portas fechadas me assalto
Roubo minha lucidez
Grito de medo, é alto
Finge não ouvi-lo a sensatez...
Fantasmas bailam em profusão
Uma masmorra ou bela cela?
Saboreamos o gosto de uma prisão
Ah! doce é o sabor de ir e vir
A certeza de se possuir...
O momento é impreciso
Preso também jaz o riso
Pairam apenas anseios de liberdade
A vida se fez metades
...Mente a mente, arde...
Não há o que a sacie saber
Lições as quais nunca se quis aprender
Hoje transitam, tornando-a demente
Pagam-se pecados
Todos somos réus
Muitos, libertos se vão
Que alcancem os céus...