O sol despertaria às cinco e meia,
Desde as quatro, o metrô estaria lotado.
E, ao contrário do sangue em minhas veias,
Nem por um segundo, o mundo ficaria parado.
Os pássaros continuariam a cantar,
As crianças, correriam a se divertir.
Por mais que a minha mãe fosse chorar,
Alguém ainda lhe faria sorrir.
E eu?
Todo o meu esforço...
Preferências...
Exigências...
Gostos...
Rosto...
...
Quando meu enterro findasse,
Dissipariam-se as minhas construções.
E, conforme o tempo passasse,
As noites em choro, esforço... meras recordações.