Hoje eu queria,
se mais não pudesse,
e, se por favor,
e se fosse alento,
me concedesse,
a primeira dança
da primavera.
Sou querente,
nada pávido,
rápido no pensar,
e tolo ao dizer:
sou também
amante esquecido,
compasso de pano colorido,
avesso,e sem lindezas
a provar.
Por isso,
eu queria,
com perdão devido,
e de porte,
de saia em saia,
eu pudesse
me acobertar
em seu rosto
de jasmim e dizer:
eu te amo.
que é tão fácil de
falar,
e tão difícil de
compreender!
que é tão árduo de ter,
e tão cósmico para tê-lo.