Carlos Lucena

PROCURA-SE

PROCURA-SE

Procuro ainda 
a poesia escondida
Busco a fonte
Talvez ainda perdida.
Não me satisfaz 
a luta travada
E me parece 
que essa hemorragia 
Nunca estagnada
Sangra em agonia.
É uma sinopse 
tensa da história 
De um plasma
O qual a consequência 
Não é essência 
nem ciência.
É um sentido
Sem sentido
Ainda que de uma ânsia  seja revestido.
Se chega ao coração também não sei 
Se chega a cabeça também não.
E assim me faz  pensar que plasmada 
não mereça
Pois creio que  medíocre seja a composição.
É como tal a massa 
que sem fermento 
pode vir a estragar o pão!