Carlos Lucena

A ESQUECIDA

A ESQUECIDA

Sou eu a esquecida
E de tanto querer-te
Sou a perdida.
Meus pensamentos são inquietos
Que de tanto buscar ver-te
Os meus olhos
Já não mais estão abertos.
A minha alma anda sozinha
E o meu coração de tanto correr já não caminha
Os meus desejos
Sufocados 
em outros seios 
Acorrentados 
em antigos beijos
Já não digo mais 
que são anseios
Porque agora 
já passou a hora
E assim vejo-me adormecida 
nos mais profundos  
e remotos devaneios!