Babilônia de meus dias,
fogo que arde no peito,
- suplício e fogueira -
tras o nome de rosa
para os amores e meus feitos !
A chama que arde,
é a mesma onde reside,
os faroleiros que anunciam
na sensação de perca,
na fuga do que durou até tarde.
Ave de agouro.
Tudo agora é palha
pra fogo de São João,
e a sensação é de um vazio,
que, no dia a dia,
nem encontros às escuras,
agora tem.
Não tem Rosa,
não têm jeito,
não tem fogo!
A viver só de vida é sonho,
é bonança de festa,
é fogo feniano.
Dela, que deixou minha paz abalada,
num fogaréu pulado,
primário e grego,
com uma asa pra voltar
e outra pra rodopiar!
Hoje, ao recordar
nossa vida,
tenho certeza,
que se você soubesse
se eu existisse,
me carregava brando, lento, de longo,
e correria aos meus braços.
Pois igual ao fogo de
Rosa, não tem.
O resto é de mal agouro!
Se ela se tornou fogo
e caleja agora outro
corpo,
a culpa é minha:
Sou dois perigos,
uma pólvora de tempo,
um fósforo de alentar,
pra, uma hora, virar,
alternativa da saudade,
ou madeira de consumo.
Volta Rosa alvissareira,
senão viro
fogo de bebedeira!