Sou o que sou não pelo que sou,
Mas pelo que deixei de ser.
Sombra disforme do que outrora fui.
Reminiscência perdida daquilo que poderia ter sido.
Uma potência de sentimentos a sentir
Refluxos da vida olvidada.
Se pudesse crer no mundo que se anuncia lá fora,
Fazendo com que os acontecimentos se imponham de forma
arbitrária...
Todavia, a lógica de tudo é a lógica do nada.
Há uma vaga lembrança de mim em minh’alma.
E neste momento tudo deixa de existir,
Pois seja em dor ou pensamento,
A todo momento me esqueço.