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Melancolia...

Happy New Year (Carta ao velho Ano Novo).

Estamos próximos do fim do mundo, do fim do ano,

Partículas de felicidades rolam sobre nossos olhos,

Onde conseguimos enxergar tudo novo de uma forma diferente,

Como se olhássemos em um fio de um destino coberto por poeiras

E que se transformam em grandes novidades guardadas em um museu,

Na espera da mesma chave para abrir as coisas novamente ao contrário. (Sons de chaves velhas).

 

Estamos prestes do fim do ano, no fim do mundo,

Pessoas perdem a pretensão de serem elas mesmas

Para se camuflarem em ações de risos e abraços sem sentimentos,

Tentando agir de forma natural e sob a consciência suja;

Levando essas poeiras e sequelas para além do horizonte no amanhecer

Ou, só aguardando o contar nos dedos, 3,2,1... (Sons de bombas estourando).

 

Estamos propínquos do fim no mundo, do fim do ano,

Rápidas impressões digitalizadas em mãos sujas e suadas,

Olhos lacrimejando pelas sensibilidades dos momentos findos

Tentativas de se reerguer após o soar do sino da meia noite, (O sino ainda não bateu)

Colocando todas as expectativas de vida em um dia que ainda nem existe,

Tendo como o “amanhã”, soluções para todos os problemas do tempo que está se vencendo.

 

Estamos na beira do fim do ano, chegando no fim do mundo,

Onde os fins se tornam um meio de se achegar a um começo incerto e sem direção,

Início este que não sai do assento da cadeira, (Sons de uma cadeira de balanço)

Ficam aguardando a felicidade bater à porta com novidades camufladas de colapsos revestidos,

E sabendo que, a única felicidade bem-vinda é este dia que se chama “hoje” e um riso sincero,

E tendo a certeza de que, o fim está bem ali, próximo do nascer do sol. (Som de uma porta se fechando).

 

Eu estou aqui, na beira do fim do mundo, esperando o soar do fim do ano.

Ainda nem amanheceu, risos e angústias se preparam para o nascer do dia,

Ponteiros dos relógios esmagam a triste partida do significante ano velho, que ainda é novo; e que ficará velho de novo,

E que venha tudo novamente, como um museu de novidades feitas de formas abstratas,

Nos mostrando o mesmo dejavu inerte, em forma de retrato com data alterada

Seguiremos no mesmo fio da meada. 3,2,1 – E o pulso ainda pulsa...(Som das batidas do coração, Arritmia).

O tempo não para...Continua a mesmice maquiada de cores novas.