ERALDO

LUXO E A VIDA NÃO AS CENAS.

 

No meio das grandes metrópoles no movimento das avenidas, há um homem pobre empurrando o trem da vida. Sem um destino certo, sem estações, sem dinheiro no bolso para comprar um pão.

 

Ele segue a vida, pelas avenidas muitos o chamam de zé ninguém. À noite ele irá descansa seu corpo em algum lugar próximo à mesma avenida onde passou o dia, chegando ao fim de mais uma estaçao.

 

Ali o homem irá descansa seu corpo, mas terá que acordar antes do dono da loja chegar, antes da loja abrir, envolto pelo frio, coberto por papelão, mas quando o sol nascer, ele terá que juntar suas coisas, começar mais uma jornada rumo à próxima estação.

 

Seu combustível é a força de vontade, é a fé, é a luta, a vida. Ele seguirá seu destino, entre carros e faróis, de portas em portas, sem malas, sem passagens, onde muitos passam contando suas notas , mas ninguém notam sua presença.

 

Triste cena, triste, sina, triste vida, temos que entender que nas grandes metrópoles não são só sinais, nunca será apenas buzinas, a vida nunca será uma avenida, sem fins sem paradas, apenas partidas, onde o luxo é a vida, não as cenas.

Eraldo silva.