deslumbrada
com prêmios comprados
moedas vertidas
e vestidas
em medalhas
no ritmo frenético
da concepção de novas ideias
que já nascem mortas
dos termos
atermos
sem lógicas
a escala sempre
transcende o apelo
a verdade é um detalhe
sem nexo ou selo
as palavras mais bonitas
emocionam o verniz
se esta corda é um recomeço
ela finge – finge bem! – ser atriz
triste jogo
de disputas
entre os produtos da rede
se é dinheiro que eles querem
não há rio pra tanta sede
e o mar deságua incerto
neste oceano de loucura
estas faces são – de perto!
o seu remédio pra cura.