//meuladopoetico.com/

O aprendiz

A Rima e a Métrica

Comigo dez é dez, vinte é vinte !

E considero um acinte

O que fazes, cara Rima !

Tu não te importas com as sílabas

E só valorizas o som

E digo-te em alto e bom tom

Já sabendo que vou te magoar

Que a beleza de um poema

Reside nos versos metrificar

Metrica, Metrica !

Que beleza é esta tão rígida

Áspera, cruel e tão fria

Que não permite o improviso

De uma silaba a menos ou mais

Por que condenar um terceto

Muita vez  todo o soneto

Por conta de teu gênio irascível

Cruel e nada sensível

Incapaz de uma virgula acrescentar

Sê cordata e aceita o poeta

Que estes  versos escreveu

Versos nos quais não estás presente

Mas nos quais, presente estou eu !