Usei os sonhos como escapatória
Um caminho, para longe, de mim mesmo
Andei, vaguei, me afoguei na realidade
As minhas palavras afundam, enquanto vejo seu olhar distante
Tambores, barulhos, mãos tampando os ouvidos
Pássaros, sementes, praça, um lago
Em um banco de madeira, minha mente vagueia
No fim, queria me tornar um pássaro, para voar, em algum lugar, para os barulhos cessarem
Mostre o quanto doeu, seu coração, se corrompeu?
Não sei quem você é, é difícil mostrar seus lados mais escuros
Essa sua mente, esses seus ouvidos, o que eles escutaram?
Esses seus olhos, o quanto eles choraram? Esse seu coração, ainda está ferido?
Não sou um remédio, talvez um consolo, talvez não seja a solução
Um porto seguro? Estou aqui
Mensagens, palavras, telas frias
Daqui... não consigo sentir você
Nesse mar, de melancolia que estamos
As palavras, te afundam ou te fazem nadar?...