Fui escrevendo:
o lá escorrendo com o dó,
o si brincando com o ré,
até dar uma canção
de amor. Não deu.
Fui escrevendo a poesia
até descobrir que o lá e dó
não se combinavam e o si
só sabia abonar o ré,
com feridas de dor.
Assim, de letra em letra,
não conquistei a poesia,
assim, meio apaziguado,
resolvi voltar, com os simples,
para o meu canteiro de
minha vida.
Lá não se intrigava,
o barro era belo e altivo,
a terra não era pejorativa,
o mundo virou cheio de luzes,
e abandonei de vez
a ursa sem pátria,
e minha
narrativa.
Pois sim, pois não,
foi onde encontrei que
a lucidez não faz o homem,
mas é a fonte de amores sem fim.