divagando pela veneta
da noite
destrancando minha gaveta
das aflições em açoite
entre as estrelas e a lua
na janela das saudades silentes
em delação tão minha, tão sua
vou trovando motivos urgentes
nos lamentos com agrura crua
de um tempo que já se foi...
e neste silencioso agudo
só a alma se põe falante
e assim, então, eu a saúdo
segando o tormento dissonante
versando a solidão em suspiros rudo.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/04/2013, 01\'45\" - cerrado goiano
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