Repousa em paz tu que já deitaste,
Pois o céu tem árias tão tristonhas;
Nem sequer uma estrela despontaste,
Ficas no teu leito em silêncio e sonhas...
Pois o vento que outrora desfolhaste,
O meu lírio nas horas tão risonhas,
Também sabes que minh\'alma pranteaste
No vagar das mágoas enfadonhas.
Uma saudade brota nos caminhos,
Enquanto sigo contemplando os ninhos,
As pétalas caídas sobre o chão...
É noite de olhares transitórios,
Sem o brilho dos luares merencórios,
E sinos a planger na escuridão.
Thiago Rodrigues