someone

esquadrinhando

No automatismo perdido da vida, em meio a buzinas das sete da manhã de uma segunda-feira, vidrada no concreto da rua esperando um ônibus em direção ao centro, me acabo pensando em quão cinza é o cimento. Acordar, arrumar, comer, andar, estudar, dormir, acordar, arrumar, comer, andar, trabalhar... Há algum brilho nisso tudo? Por quê continuar a buscar incessantemente por algo que nem se sabe o quê é? Poucos são capazes de chegar a esse questionamento. É a pergunta que divide horizontes: pra quê tudo isso? Acontece que a verdade esteve encoberta, poucos são capazes de procurar a verdadeira luz, no meio a tantos holofotes cegando. Mas todos os que procuram, acham.