... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

FIM DE ANO EM SONETO

Sim, vão-se os anos de fim de ano

Assíduos, só a aparência mudou

O tempo passa e tudo passou

O destino é mesmo soberano

 

Há anos pós anos, o sonho mitou

A minha rota tem outro cotidiano

Num entra e sai do desígnio tirano

Do nada como antes, vil sobrevoo

 

Saudade é a mesma, mesmo dano

Esperança, sim, desta nunca enjoo

E com a quimera nunca fui profano

 

Assim vou, mais um ano, num atroo

De comemoração, então seja ufano

O revoo, pois o fim, ainda não chegou...

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

dezembro de 2016 - cerrado goiano

 

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