... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

Resta o versejar para alentar a gente

Escrevo os versos meus, na saudade

E sensação abafante, a cada instante

Meus versos, dum sentimento errante

Suspira, senti, padece e, então, brade

 

Ando tão descontente, vago no infinito

Um delírio inquieto nos confins da vida

Sangrando na poesia, tão árdua ferida

Da solidão... Ó escrito frenético e aflito

 

Repiso as dores que em mim fincaram

Levo no canto as notas que deixaram

Porque o poeta é um genuíno sofrente

 

Pois, cada verso vertente, nele temos

O diário de tudo, o que, então fizemos

Resta o versejar para alentar a gente.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

28 novembro, 2023, 16’02” – Araguari, MG

 

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