CRUZ E A ESPADA
Quando você vem até mim
Fico calado como alguém que não contradiz
Mas eu quero mesmo é que tires essa suas mãos de mim
Pois ainda não superei seu batom carmesim
Cada curva cada saliência deste teu corpo
Minha mente já decorou
Mas que diabos!
Eu achando que tudo ficou para trás
Mas ainda ficou, o doce de seu perfume, o gosto de quero mais, e as lacunas que não consigo preencher…
Se ao menos eu fosse bom com as cores , como sou com as palavras, eu ia eternizar nossos momentos e uma tela, assim mataria meu vício todas as noites antes de dormir…
Entre a cruz e a espada reluto entre ter que escolher entre dois mundos, e os dois rios que fluem do meu ser...
hesito em tomar uma decisão
Mas não pense que estou preso em suas mãos…
A paciência é uma nobre virtude mortal
Um dia ainda consigo equilibrar a razão e a emoção
E ainda eu hei de quebrar o elo
Que me une entre a sensatez e a loucura…
Sinto muito se eu não fui o que você um dia sonhou
Preciso me redimir mas suas curvas sempre me tira a prudência
E eu Não quero ser mas uma vez vítima dessa minha rebeldia
Vivo sobre juramentos que não consigo quebrar
Mas flertar com o perigo
Sempre foi minha dopamina…
C.Araujo