Solidão arde tal qual fogueira acesa
É como em um brasido caminhar
Perder-se no procurar sem se achar
Estar no silêncio do vão da incerteza
O que pesa, é submergir na tristeza
Dum incompleto, que nos faz cegar
Perfeito no imperfeito, n\'alma crepitar
Medos, saudades... Oh estranheza!
Tudo é negridão e dor, é um debicar
Rosa numa solitária posposta na mesa
É chorar sem singulto e sem lacrimejar
E se hoje o ontem eu tivesse a clareza
Não a sentia como sinto aqui a prantear
Teria a perfeita companhia n’alma presa.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Final de novembro, 2016, 17\'00\" - cerrado goiano
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado