Era Influxo, gradativo e Inepto, praxe para os gestos da vida de um imberbe;
Na volta seguinte do relógio, a parábola alcançou finalmente seu ponto de inflexáo, o que era ascendente precipitou-se.
Seca, escuridão e lama chegou como a primavera;
Olhos sangrando e nada se via, de joelhos, procura-se o perdão;
Perdão? Verbo não cabe aqui, talvez, uma conjunção explicativa, Que tal:
Porquê?
PORQUE?
Ecoava se na estrada:
“Não basta estar jogado aqui?”
Sem respostas e procurando, sentindo-se culpado pelas páginas esfareladas desse livro sem enredo;
Culpa?
Ousar é negar a culpa, esse verbo não se conjuga, pois o contexto não permite;
Nega-se a culpa e põe-se no lugar a fatalidade ou o acaso...
Sim, aconteceu e ponto!
E na precisão de 32.768 vezes da vibração do quartzo ou antes, já está tudo diferente;
E você vai ter que lidar com a nova curva no plano;
Erra-se em pensar que: havia outro caminho, a vida é feita por verbos e ali se cria a estrofe;
A condicional “Se” não tem lógica na teia complexa do que somos;
Depois da lama o quartzo vibrou “n” vezes;
Culpas, pseudas-redenções, dores, introspecção, tentativas, cegueira, traumas, culpa...
A fatalidade jogou essa poeira que se empreguinou em cada centímetro da epiderme, derme e depois Hipoderme, e tal qual sua vesícula, faz parte agora de ti;
Se, do seu lado se por uma luz com foco certo, ainda há esperança...
Ela veio com um candieiro simples, inerente a sua lógica única, e todo dia, quando ela toca leve ou profundamente, alcança os grãos sob a minha pele e como a fada que és, me limpa, a cegueira se torna mais uma condição humana suportável;
Ela põe o candieiro em outros cantos e me espanto como esses lados obscuros, é tão significante, talvez não tão brilhante, mas para o que era seco, sujo e decadente, é uma descoberta.
Há pouco tempo, mas há um longo caminho... a bateria energiza o quartzo... novo segundo vai nascer.
Por Sandro S Lino