Carlos Lucena

RELEASE

RELEASE

Não queira muros
Nem a paz
Que está nas entrelinhas.
Destruam-se os muros
E as dedicações mesquinhas.
Anulem-se atos impuros.
Ergam-se as pontes
E Anulem-se
o asco dos vícios delirantes.
Armem - se de flores
E não esqueçam a melodia da canção
Seja a vida o templo
dos amores
E os amores o pulsar do coração.
Não seja o homem
inércia de virtude desalmada
Nem cubra
O ego de vil torpeza
Não se esconda em alma camuflada.
E Não veles
No teu caminho a hipocrisia.
Não construa
para ti edificações insólitas
Visto que está vã filosofia
É o templo escuro dos hipócritas.
Não arrumes para ti
Falsa beleza
E nem brote
de teus lábios um falso beijo
Pois humilhas até a própria natureza
E danifica a virtude do desejo.