Gosta de ter o encanto Do esplendor noturno Da natureza vívida Da natureza morta Com o vento de acalanto Com o pé de coturno Com a alma pura e lívida Na fresta da sua porta Para avistar os astros Com os olhos do infinito E rever as flores inatas Dos jardins suspensos Com o agitar dos mastros Num silencioso grito Dessas figuras inexatas Nos seus sonhos apensos Por entre as distâncias E os sopros dos perfumes Com a dança das fadas Numa nuvem da ribalta Com as boas ressonâncias E com os ímpares lumes Das suas belas estradas Pela abóboda mais alta