Queria tanto entrar na casa e ser mais que visitante
E assim, sem cerimônia, mudar as coisas de lugar
Comprar um enfeite novo e adornar a tua estante
Pendurar um belo quadro naquela parede vazia
Consertar o emperrado puxador do basculante
E me esticar preguiçoso, no confortável sofá
Tu me olhas, no entanto, com piedade solene
A rogar-me suplicante que não te julgue mal
Com voz de gentileza e vontade perene
Sequer me permites passar do quintal.