Hoje sentei no meu barranco
Aonde sempre derramo o meu pranto
Vendo o sol se pôr
Hoje ele leva com sigo
Um vermelho sangue
Que é a dor dos que sofrem de amor
Pouco a pouco ele se vai
Deixando para traz
Uma escuridão densa
A sussurrar em meu ouvido
Me perguntando se o amor compensa
Meu coração não pensa
O amor é como uma flor
Que nasce meio aos espinhos
Na feiura transmite sua beleza
Nasce meio ao pântano
No mau cheiro exala seu perfume
Nasce no deserto
Na fome da o seu fruto
Lança na terra seca
Sem esperança
Sua semente
Que fica dia após dia
A espera de chuva
Para que possa nascer
E volte a florescer novamente