Leonardo Ribeiro

DrĂ¡cula

Aprecio substâncias
Ilícitas talvez
Doses que me recordam boas memórias
As vezes más
Porém recordam

Sobre o meu pescoço existe uma corda amarrada
Enforca-me sobre madrugadas de insônia
Não há vejo
E ela continua reprimindo os meus medos
A dor, a profundidade
O meu castelo andarilho

Um servido pote do meu sangue árduo
Para discrição da tamanha angústia
Sinto minha saliva descer sobre a garganta
Provando do próprio pecado carnal
Minha dança espiritual
A foice que fincou em meu calcanhar de Aquiles

Você não me vê neste momento
Ainda assim habito em teus pensamentos
Sejam alegres ou suicidas, assim como eu
Creio em uma vida de sofrimento
Desilusão psíquica
E onde posso chegar com tal solitude
E você..
Ainda me desejaria?