... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

CHOVE N\'ALMA (soneto)

Ouço chuva na minha alma, lá dentro

pingando na solidão pingos de nostalgia

é chuva de tempestade turbulenta e fria

inundando o coração com triste tormento

 

Tento na saudade ter qualquer analogia

nas quimeras, então, busco aquecimento

nas estórias de venturas, sem sofrimento

para ter momento de estiagem e melhoria

 

A chuva, ainda cai num compasso lento

avolumando dor e sentimento na alegria

em rajadas de voluptuoso e firme vento

 

Em vão, a razão quer sair da melancolia

debruça na janela da alma, em lamento

vê que é pranto, está chuva de carestia

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Novembro, 2016 - cerrado goiano

 

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