Dou-te as flores das sagradas montanhas
Nas lânguidas manhãs de infinita saudade.
Dou-te as cores que borboletam as chamas
Deste coração repleto de ansiedade.
Dou-te beijos que fui buscar na lua distante
Para que eu possa preencher-te de amor infinito;
Das promessas juro ser vaporoso amante
O êxtase glorioso resumido num só grito.
Dou-te o vinho da louca quimera
Dou-te a primavera para vivê-la em dias sem fim
Mergulhada no âmbar do horizonte feroz, fatal
Nas noites em que a solidão ferir tua janela
Dou-te a eternidade do canto de Jobim
Completo amor iluminando um amor especial.
Edd Wilson