Nelson Silva Alves

O SAPO E O VAGALUME.

O sapo perguntou para o vagalume

Porque ele reluzia tanto.

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Todo reluzente

O vagalume brilhou dizendo

Sapo, cada ser vivente

Tem os seus encantos.

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O Sapo muito irritado

Começou a coaxar

Vagalume, eu conheço os meus encantos

Você não precisa me explicar.

Um deles, é ter a boca grande

Sou invejoso e por isso,

Eu vou te devorar.

*****

Calma sapo,

Você não entendeu

A inveja é toda sua

Mas o brilho é todo meu.

*****

Vagalume, você está me irritando

O seu brilho me entristece

Cada vez que você brilha

A minha inveja está aumentando

Para de brilhar,

O seu brilho está me ofuscando.

*****

Sapo, se o meu brilho te incomoda

O que posso eu fazer

Você também pode brilhar,

Mudando o seu jeito invejoso de ser.

*****

Vagalume ou pirilampo

Não sei como você gosta de ser chamado

Eu moro dentro de um córrego lodoso

E por seu brilho,

Eu não serei mais ofuscado.

*****

Sapo invejoso

Você pode até me devorar

Mas, o brilho de um vagalume

Isso,

Você nunca terá.

Já se apagando

Perguntou o vagalume

Sapo, porque você está me matando.

*****

Vagalume, eu não acho justo

Você está sempre brilhando.

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Ao Autor Desta Poesia: Nelson Silva

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