O visgo, o verbo e o vento Nas flores da paisagem Fazem a inata polinização. No súbito, no sonho e no sustento Da nascente dessa paragem Que corre a nossa imaginação. No rastro, no risco e no riso Das mais doces quimeras Que marcam as constelações. No pasto, na ponte e no piso Do chão e do céu das primaveras Que afagam os nossos corações. No corpo, no campo e no cosmo Da ilusão e da expectativa Que intrincam o cotidiano. No misto, no mito e no microcosmo Da vívida vida e da palavra ativa Que nos levam para outro plano.