... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

Redizendo

... e na alma dum soneto tão descontente

exausto e esfarrapado, o versar censura.

Em uma caminhada suspirante e ardente

que o destino do sentido, então, rotura...

 

E agora, cá, solitário, o coração cadente,

que importa está poética que aventura?

Pois, a solidão, golpeia o peito da gente,

a paixão, banhada em lágrimas, tortura!

 

Assim, também, o amor, em um trajeto

sinuoso. Sem brilho do se ter completo

e ao som de árduos cânticos tristonhos...

 

ele dói, finca, traz tão duros embaraços

sangrando a emoção, criando cansaços.

O que um dia foi sensibilidade e sonhos.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

05 novembro, 2023, 15’41” – Araguari, MG

 

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